Pesquisa sobre fotógrafos (textos)
Trabalho feito por:
Alice de Freitas | Aline Leite | Aloisio Junio | Catarina Iser
João Paulo Capila | Hilder Augusto
Alice de Freitas | Aline Leite | Aloisio Junio | Catarina Iser
João Paulo Capila | Hilder Augusto
Cartier- Bresson:
Cartier-Bresson buscava tirar foto, majoritariamente, espontâneas, criticando, nesse sentido, as fotos artificiais e editadas. Segundo o fotógrafo, as imagens devem registrar os "momentos decisivos", instantes em que os elementos visuais e psicológicos das pessoas e do cenário conseguem representar bem a essência da situação fotografada.
Frase do fotógrafo:
"A fotografia fabricada ou encenada não me interessa. Há aqueles que produzem fotografias organizadas de antemão e aqueles que saem para descobrir a imagem e aproveitá-la. Para mim, a câmera é um caderno de esboços, um instrumento de intuição e espontaneidade, o mestre do instante que, em termos visuais, questiona e decide simultaneamente. Para “dar um significado” ao mundo, é preciso sentir-se envolvido no que se enquadra através do visor. Essa atitude requer concentração, uma disciplina de mente, sensibilidade e uma sensação de geometria – é por grande economia de meios que se chega à simplicidade de expressão. É preciso sempre tirar fotografias com o maior respeito pelo sujeito e por si mesmo".
Fotografia "Crianças brincando em ruína":
Essa fotografia, cujo nome é "Crianças brincando em ruína", foi tirada em 1933 pelo fotógrafo Cartier-Bresson. A imagem retrata crianças espanholas, que, na cidade de Sevilla, brincavam em meio a um cenário de escombros. Nesse sentido, é evidente um grande contraste entre o ambiente destruído e as crianças, que aparentam felizes enquanto se divertem.
Observa-se que Cartier-Bresson prezou pela espontaneidade da foto. Assim, para garantir a naturalidade, o fotógrafo manteve as partes brilhantes de sua câmera pintadas de preto, com o objetivo de não ser detectado e garantir que a foto fosse, de fato, espontânea.
Além disso, embora seja, muitas vezes, associada ao contexto da Guerra Civil Espanhola, a foto foi tirada 3 anos antes do início desse evento, podendo ser vista, dessa forma, como uma previsão da ruína que estava por vir.
Fotografia “Atrás da Gare Saint-Lazare” :
A fotografia “Atrás da Gare Saint-Lazare” de 1932 ilustra bem os “momentos decisivos de Cartier Bresson. Nela, é possível ver um homem correndo em uma grande poça no chão. Entretanto, no momento exato em que a fotografia foi tirada, o homem estava dando um salto e estava prestes a tocar a água da poça. Alguns milésimos a mais, o foto não seria a mesma, pois perderia o instante do iminente contanto entre a sola do sapato e a superfície líquida, que gerou uma sensação de que o homem estava flutuando, ainda mais devido ao reflexo do céu na poça, exatamente de baixo dele. Além disso, perderia a proximidade do homem com o seu reflexo, a posição da perna e, se fosse tirado a alguns segundo depois, o homem certamente estaria molhado.
Em outra perspectiva, a foto também chama a atenção pelo estratégia do reflexo que acontece em toda a extensão do chão, o que cria um cenário intrigante e que deve ser analisado com mais atenção.
Roger Humbert:
Roger Humbert foi pioneiro da fotografia concretista e um dos principais vanguardistas suiço. Nasceu em Nîmes e, durante suas primeiras fases como fotógrafo, começou fotografando imagens de performance ao vivo e posteriormente cenas naturais. Ele foi um dos fundadores do "Movimento da Fotografia Concreta", que surgiu na década de 1950. Composições com a luz são a marca registrada de seu trabalho.
Fotografia 1:
Assim como as outras imagens da sua fase concretista, essa fotografia baseava-se no uso dramático das luzes e sombras. As fotos eram feitas sem câmeras, isto é, sua composição se dava pelo processo de gelatina de prata coloidal, em que uma solução de sal de prata cobria uma superfície de acetato e, quando em contato com a luz, os átomos de prata dispersos gravavam a imagem, apresentando um resultado como o do fotograma escolhido.
Fotografia 2:
Esta imagem é um fotograma abstrato criado também na década de 60. Ela traz uma representação da complexidade das técnicas de iluminação que Roger usava para a criação de imagens fotográficas e, também, representa um pouco das características gerais das suas criações. Como é possível ver, a imagem apresenta uma variedade muito grande de tons e traços. Essa variação na tonalidade proporciona uma sensação de profundidade e os diferentes traços passam a sensação de movimento.
A disposição das figuras também influencia bastante na profundidade da imagem e na formação de uma perspectiva. Por causa da sua grande habilidade e das experimentações realizadas com a utilização de luz e sombras, como visto nessa imagem, Roger era considerado um cientista no ramo da fotografia. Ele mesmo falava que o seu trabalho era fotografar a luz.
Annie Leibowitz:
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Annie Leibowitz é uma fotografa natural dos Estados Unidos, que iniciou sua carreira nos anos 1960, fotojornalismo, até iniciar nos anos 70 seu trabalho com celebridades na revista Rolling Stones. Hoje, por sua fotografia de celebridades, moda e arte, é uma das fotografas mais renomadas do mundo. Sua obra se caracteriza por retratos dramáticos e peculiares, marcados pelo seu estilo vivo em cores, com cenários e poses cuidadosamente pensados, de tom intimista e uso misto da luz natural e artificial.
Nessa fotografia da atriz Jessica Chanstain vemos muito bem as características de Annie, com seu estilo rico em cores vivas, no vermelho do cabelo em contraste com o azul da roupa, e também o verde e o cinza do fundo. Apesar de ser uma imagem em movimento, com a modelo em um cavalo pronta para atirar um arco e flecha, vemos o também o cuidado de Annie com o cenário e composição dos entes na imagem capturada, pensado a cada detalhe. Fotos do backstage dessa fotografia revelam também o uso conjugado da luz natural associada com pontuais artificias, típico da fotografa.
Fotografia 2:
Essa fotografia, de 1980, é tida como a mais icônica de sua carreira, e uma das referentes à história da música, por ter captado John Lennon e Yoko Ono poucas horas antes do assassinato do músico. A fotografia foi encomendada para referenciar o autorretrato “The two virgens”, que os traz nus de pé em seu quarto, agora incluindo apenas Lennon. Este se recusou a ser fotografado sem a esposa, e esta, se recusou a ficar nua, imprimindo uma nova estética e tom a nova imagem. Leibowitz capita uma cena de forte senso de estranheza, pela posição fetal, nua e vulnerável do cantor em contraste com firmeza e serenidade de sua esposa vestida.
Pela estética e contexto que a circunda se coloca como um símbolo de amor, numa forma pura e crua, e de perda, uma vez que, quando publicada, Yoko era viúva, e o mundo velava a perda de Lennon.
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